Não é exagero quando dizem que a maternidade é igual video game, porque a cada fase fica mais difícil. Quando você acha que está craque em uma coisa, muda tudo e você precisa se aperfeiçoar em uma nova técnica. Na de hoje, vamos falar da "técnica" da introdução alimentar. É tão gostosa a fase de comprar coisinhas pro bebê que irá começar se alimentar. Você vê babador, pratos, copos, talheres, cadeirão e na hora nem metade é utilizada, a criança joga comida fora, não quer saber de colocar o babador e chora toda vez que vai pro cadeirão. Normal. Me abraça. "Tamo junto".
Ivan sempre comeu muito bem, desde a primeira colherada de frutinha amassada ele bateu um prato. Frutas sempre foram as preferidas dele. Quando vieram as papinhas salgadas foi tudo tranquilo. Na verdade estava muito fácil até os nove meses dele. Eu sempre dividi as porções, nunca fiz aquela massaroca de juntas arroz, feijão, batata e carne numa papa. Fiz um post sobre essa apresentação e montagem do prato do bebê na introdução alimentar e acho que vale muito a leitura se você vai passar por esse processo ainda.
Mas aos nove meses, Ivan começou a fazer pirraça na hora de comer, de pegar a comida de dentro da boca e jogar fora. Como eu já dava em alguns pedaços, voltei a amassar mais. Era certeiro: dentes nascendo ele não queria saber de mastigar. Por algumas semanas ficava assim, até voltar aos pedaços. Dar comida se tornou uma tarefa cansativa e que exigia muita criatividade e paciência. Cantar, dar brinquedo na mão, dançar, chamar a Lola....tudo é válido.
Hoje com um ano e três meses ele ainda dá um certo trabalho na hora de comer, mas tem dia que a paz reina e ele come sem nem reclamar e ainda pede mais. Tem dia que tá a fim, tem dia que não. Nós somos assim também, né? Mais empatia com as crianças. Toda vez que ele não tá numa boa eu tento me por no lugar dele e ver no que posso ajudar melhor.
Agora a fase é de comer sozinho com colher. Tem dia que quer, tem dia que joga tudo no chão. Já percebi que ele sabe, mas tem preguiça. Falta coordenação e eu preciso ter paciência em deixar que ele aprenda e não apertar meu relógio em função disso. Como tenho hora pra trabalhar e fazer entrevistas eu acabo querendo que ele coma rápido e tudo é no tempo dele. Então respiro, me situo que ele é o mais importante e foco na refeição.
A parte que ainda não tá tão bem é que não conseguimos comer todos juntos à mesa, por causa dos ataques que ele dá quando não quer comer. Aí um de nós tem que distrair ele, pro outro comer. Ivan é um bebê muito agitado, quer ver tudo, quer pegar tudo e se não for no tempo dele se zanga. Mas aos poucos estamos contornando tudo isso. A fase dos dentes nascendo atrapalha muito a introdução alimentar, mas é como meu marido diz: se ele com aparelho, tem vontade de chorar, imagina um bebê que tá tendo a gengiva rasgada?
Das novidades da introdução alimentar temos:
- Já come coxinha da asa com as mãos sozinho.
- Aprendendo a comer sozinho de colher.
- Bebe água em copinho, mas precisa de ajuda.
- Bebe água no copo com bico sozinho.
- Senta no chão pra lanchar com o prato sozinho.
- Não quer mais usar babador (e, na verdade, raramente precisa).
Isso tudo me lembra que meu mocinho já está crescendo. Muitas coisas que comprei pra ele para a introdução alimentar já foram muito ou pouco usadas e vou precisar ter mais acessórios para transformar a refeição em algo prazeroso. Já mudei o cardápio para incluir bolinhos, purês (com leite vegetal, porque ele é APLV), escondidinhos, almôndegas, entre tantas outras variações.
Se você não viu o vídeo com as comprinhas da Introdução Alimentar veja abaixo, eu era uma pessoa super otimista nessa fase e isso ajudou muito. Ivan come bem, come variedade e mesmo sendo APLV cresce muito saudável.
Como foi ou como está sendo a Introdução Alimentar por aí?
