agosto 17, 2015

Maratona do Rio: como foi

Algumas semanas se passaram desde a minha primeira experiência na Maratona do Rio. Foram 42 quilômetros de chão e algumas marcas que carrego até hoje. O tempo nublado contribuiu para a evolução dos atletas durante todo percurso. O dia começou com a saída dos ônibus oficiais da Maratona do Rio no Aterro do Flamengo, oferecido pela Organização do Evento ao custo de R$ 10,00 por atleta. A estrutura foi bem dividida e orientada pela equipe de apoio além das saídas pontuais a cada cinco minutos. Os ônibus seguiam para a Barra da Tijuca (Meia Maratona) e Recreio dos Bandeirantes (Maratona).

Na arena montada para a Maratona, muita animação e encontro de milhares de corredores que vinham de todo país. O local estava muito bem equipado com banheiros químicos e água liberada para os participantes. A largada respeitou o horário estabelecido das 07:30 sendo, prioritária a largada da Elite Feminina e PNE. O percurso começa no final da praia do Recreio dos Bandeirantes e passa por toda orla carioca (praias do Recreio, Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e Aterro do Flamengo), tendo como subidas o Elevado do Joá e a Niemeyer.



Meu relato da primeira experiência como Maratonista foi incrível, o início da prova foi bem tranquila e estava dentro do pace previsto durante quase todo o percurso. A apreensão das lesões foi logo esquecida e a corrida se manteve constante. Após a passagem pelo Joá, algumas fisgadas na panturrilha diminuíram meu ritmo para não haver problemas. No quilômetro 27, no entanto, algumas dores iniciavam. A subida da Niemeyer foi puxada e alguns intervalos para caminhar foram precisos para que pudesse ter energia até a chegada. 

A partir da descida da Niemeyer, início da praia do Leblon, o público já era mais participativo e incentivava os atletas que chegavam cada vez mais fadigados da longa prova. Neste ponto as dores e o cansaço são marcantes, mas a garra dos participantes era visível e cada um ia se superando para os quilômetros finais. As praias do Leblon e Ipanema foram puxadas por conta das dores, era difícil de pisar o chão e isso me rendeu muitos minutos perdidos. A previsão de chegada para 4h30 iria ser perdida, mas a garra e a vontade de chegar me levaram além do que imaginava no momento. 

O trecho final do Aterro do Flamengo, foi no coração, lágrimas e fé. Sabia que estava perto e que meu corpo, mesmo doendo e cansado, tinha condições de chegar. A alegria de ver amigos e desconhecidos vibrando com minha chegada são coisas que ficaram eternamente na memória. Receber a medalha foi como se eu tivesse chegado em primeiro lugar, pra mim foi a vitória, superação e dever cumprido. O melhor é a festa na chegada, onde um enorme corredor de 200 metros agrupa torcedores e atletas que já haviam terminado suas provas, mas não arredavam o pé para incentivar e vibrar com aqueles que ainda estavam chegando.



Além da dor nos músculos sofri com duas bolhas - uma em cada pé - que atingiram as unhas. Eram bolhas de sangue e até hoje ainda vejo marcas. Agora é esperar a cicatrização e a unha nova nascer. No mesmo local da retirada do kit estava tendo a Rio Run Market, no Centro de Convenções Sul America. Aproveitei o stand da Safe Runners para adquirir alguns produtos e devo afirmar: eles me ajudaram um bocado para que as bolhas não fossem piores e eu não tivesse assaduras.

Agora é descansar e recuperar para 2016 estar 100% para uma das provas mais bonitas e incríveis que já participei. Será em maio, quem puder, não deixe de participar.

Mas preciso fazer alguns comentários sobre a organização: Os postos de hidratação estavam bem divididos intercalados entre água e isotônicos. Uma falha da organização foi apenas em colocar um ponto de alimentação (com frutas) apenas na entrada de Copacabana para os corredores da Maratona.


 A 12ª edição da Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro 2015 teve a presença total de 26 mil corredores que suaram nas mais belas vistas cariocas. O evento ocorrido do último domingo (26) contou com três provas, Maratona (42,195 km), Meia Maratona (21,097 km) e Olympikus Family Run (6 km) e confirmou o domínio dos quenianos nas provas longas, com vitória na Maratona, categoria masculino, de Willy Kangogo (02:14:56), estabelecendo o novo recorde da prova, e no feminino de Caroline Chemutai (02:38:19). Na Meia Maratona, vitória de Joseph Tiophil (01:04:07) no masculino e no feminino da brasileira Joziane Cardoso (01:14:46), conquistando seu bicampeonato na prova. Os vencedores da prova curta, Olympikus Family Run, foram Bruno Andi (00:18:42) e Gisele Barros (00:23:06).



Abraços e até a próxima!
@rodrigomfonseca

Priscilla
Priscilla

Mãe, esposa, jornalista e dona de casa. Adora cuidar do lar, de música e gatos. Aquela dos olhos coloridos.

Um comentário:

  1. Ah, que susto! Comecei a ler achando que a doida da Pri tinha corrido uma maratona com esse barrigão!!!! kkkkkk

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