setembro 09, 2014

Home Office no Brasil é possível!

Quem vive de blog sabe como é a rotina de Home Office, mas não tem a visão empresarial porque é dono do próprio nariz. Quem tem chefe e projetos a entregar obrigatoriamente sabe que esse tipo de atuação é um pouco complicada. Fora do Brasil muitas empresas apostam nessa estratégia como forma de reter talentos e criar um ambiente mais leve, em que as pessoas se sintam felizes por irem trabalhar e consigam conciliar vida pessoal e profissional ao mesmo tempo.

Um dos meus sonhos atualmente seria poder trabalhar de casa (na verdade montar meu horário) e começo a ver com esperança esse novo formato. Segundo uma pesquisa feita pela SAP Consultoria em Recursos Humanos referente à prática de Home Office no país, as empresas nacionais já se interessam por implantar essa jornada. No entanto, elas esbarram em algumas inseguranças como principais objetivos da política da companhia, modalidades de concessão e elegibilidade, funcionamento da jornada de trabalho, custeio de despesas, controle de atividades, restrições de atuação, aspectos de contingências e ganhos de resultado. 

Já existem sistemas que conseguem monitorar o rendimento de trabalho (Runrun.it) e outras plataformas online que permitem o contato constante com a base. Enquadrado no modelo de trabalho flexível – mais conhecido na Europa como Smart Working e nos EUA como Workplace Flexibility - o home office ou teletrabalho permite “mover o trabalho para os trabalhadores, ao invés de mover os trabalhadores para o trabalho”, segundo Jack M. Nilles, no livro “Fazendo do Teletrabalho uma Realidade”.

Não à toa as empresas que adotam esse formato aqui no Brasil são internacionais. Usualmente exercida por profissionais liberais ou autônomos, a pratica do home office começou a ganhar adeptos nessa última década entre os colaboradores celetistas (CLT). O estudo da SAP apontou um contexto de decisão e estruturação de políticas dessa modalidade no Brasil. Em organizações que possuem a prática, 42% têm política estruturada, sendo a maior parte delas existentes a menos de cinco anos, em sua maioria, dos mercados de TI, Químico/ Petroquímico, P&D, Autoindústria, Eletroeletrônico e Bens de Consumo. O perfil dos novos empresários, oriundos da geração Y, facilita a entrada deste modelo, uma vez que é a parcela que mais almeja conciliar casa e trabalho, sem nenhum dos lados sofrer.



Das empresas que não possuem a prática 83% nunca pensaram na possibilidade de implantação, alegando como principais motivos a cultura empresarial corporativa e/ou tipo de atividade a ser englobada, mostrando que existe um espaço para crescimento. Penso que é preciso educar algumas pessoas para trabalhar de casa, porque alguns simplesmente não conseguem e se distraem. Melhoraria, inclusive, na vida nos centros urbanos, reduzindo os deslocamentos e a quantidade de carros nas ruas e pessoas nos transportes públicos. Quantas funções realmente precisam que a pessoa esteja dentro de um escritório?



O contato humano é importante, sim! E isso poderia ser compensado com encontros semanais em reuniões para alinhamento de pontos. Existe Skype, VOIP e tantos aplicativos capazes de transformar qualquer casa em uma empresa. Penso que ajudaria muito em relação ao aumento de produtividade e retenção dos colaboradores, além de trazer o responsável para dentro de casa novamente. Quantas pessoas sofrem sem ter com quem deixar os filhos - seja porque estão doentes e a creche mandou voltar ou porque não tem condições de pagar alguém pra cuidar do bebê? É uma nova mudança que o mercado de trabalho brasileiro deve sofrer e eu espero que ela aconteça logo!

E vocês, o que acham?


Priscilla
Priscilla

Mãe, esposa, jornalista e dona de casa. Adora cuidar do lar, de música e gatos. Aquela dos olhos coloridos.

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