setembro 07, 2010

Feriadinho - Casamento

E daí que eu tô um turbilhão de sentimentos?
Esse feriado trouxe o passado de volta, com doses reais da atualidade.

Sábado foi o casamento da minha melhor amiga. São mais de 12 anos de convivências e praticamente já morei na casa dela (quando minha mãe viajava eu ficava por lá). Estudamos juntas por anos e até fizemos faculdade juntas. Mudança de cidade nos fizeram ficar distantes e vê-la hoje em dia é fato raro.
Então a vi no casamento, entrando na igreja, linda e sorridente. Vi uma felicidade enorme dentro dela! Teve amiga que chorou, mas eu só conseguia rir.
Eu via a felicidade dela, o mundo e o momento que ela sempre imaginou ali. Ela nasceu pra casar, cuidar da casa e do marido e ter muitos filhos.
Na igreja eu sentia a felicidade, mas ainda não tinha caído a ficha.

Durante a festa, passava o olho por ela e a via radiante. Tentei entender tanta felicidade, já que anos desse namoro não foi compartilhado com as amigas de sempre.
Passou um filme dos ex-amores, as tchutchucas, de Gamela, do Werneck, das reuniões na casa dela, do Aplicação, de Porto Seguro, dos Parettos e Murettas, do quarteto fantástico, de Resende...um filme passou na minha mente. E  eu a via rindo!! E eu podia sentir aquela felicidade!
Minha fiel companheira de muitos "causos", que sempre dividiu tudo e todos os momentos comigo, estava casando!

Quando ela dançou, para todos verem e demonstrar o seu amor pelo marido, eu quase chorei. Foram meses dançando juntas. Eu era a parceira dela de coreografias e passinhos na varanda. Minha lôra bateu asas e voou.
Paro e penso em tudo que estou vivendo, nas coisas se encaixando, de tudo que ela passou e choramingou por amor no meu ombro. E eu a vejo sorrindo, num vestido branco lindo, com buquê rosa, a cor que ela ama.
A intimidade e conhecimento nas atitudes da amiga me fizeram saber onde ela iria jogar o buquê e outra amiga nossa acabou pegando, por entender minhas dicas.

Sempre conversamos e palpitamos quem seria a primeira a casar. Não era ela. E foi.
Minha borboleta voou e completou um capítulo, encerrando algumas histórias, no meu livro da vida.

Nesse casamento não chorei, não conseguia chorar. Seria injusto derramar uma lágrima. Pra quem dividiu tanta coisa com ela e sabe das lágrimas que ela derramou, sorrir expressava exatamente o sentimento do momento. As lágrimas ficaram no passado.

Felicidades, lôra.
Priscilla
Priscilla

Mãe, esposa, jornalista e dona de casa. Adora cuidar do lar, de música e gatos. Aquela dos olhos coloridos.

2 comentários:

  1. Q lindo, amiga!! Ate chorei!!
    Felicidades pra ela!!

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  2. Oi Priscila. Sou nova aqui no blog, cheguei por sugestão da Ludurana.
    esse seu texto é tão cheiod e emoções, tão lindo. Sua amiga tem sorte de ter você. Eu também tenho amigas assim, que descreveram essas mesmas emoções quando vieram falar comigo depois do meu casamento. Realmente, quando a gente ama alguém tão intensamente e é correspondido e casa com essa pessoa, é uma felicidade tão grande que todo mundo por perto sente e talvez até quem esteja longe sinta também.
    Eu não chorei no meu casamento, eu ria que nem uma boba, só chorei quando cheguei na casa da minha mãe e o "agora meu marido" me puxou num canto e disse assim " vem cá minha esposa". Aí eu chorei que nem uma bezerra desmamada, kkkkkkk...
    Felicidades pra sua amiga e pra vc também. E se quizer fazer uma visita fica à vontade.
    bjo

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