junho 23, 2017

Maratona do Rio 2017 - como foi

Olá atletas,

O domingo mal começava e o despertador já estava tocando às 3h da manhã. O horário cedo era necessário para fazer uma alimentação leve e partir rumo ao Aterro do Flamengo, local que sairiam os ônibus especiais levando os atletas da Meia (largada Praia do Pepê, na Barra) e da Maratona (largada Praia do Pontal, Recreio). Foram disponibilizados diversos ônibus para os milhares de atletas que compraram o ticket antecipadamente e que funcionou muito bem. Cada um transportava 38 atletas, todos sentados, pela Linha Amarela até a chegada à orla da Barra da Tijuca, onde alguns seguiam até o Recreio.

Esse momento foi bem confuso, onde a organização dividiu a Av. Lúcio Costa (pista sentido Pepê) em duas pistas, onde passariam os atletas vindos da Maratona e o trânsito local. Ali se formou um enorme congestionamento o que obrigava os atletas a descerem e andarem por mais de 1km até o local que deveria ser destinado ao desembarque. Por um lado até foi bom, pois o termômetro marcava 17ºC e o trajeto serviu de aquecimento.

A largada foi bem organizada, sendo feita em blocos, dando margem de corrida para os atletas. Muita festa e animação para os mais de oito mil atletas que participavam dos 21km da Meia Maratona Olympikus.

A corrida foi bem tranquila, postos de água a cada 4km e Gatorade pra galera repor um pouco das energias, senti falta das frutas que colocavam na entrada de Copacabana, mas em modo geral foi dentro do previsto. Logo no começo da prova tem a subida do Túnel do Joá, ali vi algumas pessoas caminhando e eu comecei a perceber que estava ficando cascudo nesse trecho, pois encarei com naturalidade a subida (como na última prova que fiz por ali). O túnel foi de animação total, muita música e luzes animavam os corredores, praticamente uma boate.


Passando o elevado, seguimos à direita para a Praia de São Conrado e, em seguida, encarar mais uma subida, desta vez um pouco mais extensa: a Av. Niemeyer, que liga São Conrado e Leblon. Mais um trecho que me senti confortável de percorrer, via e escutava muitas pessoas reclamando, mas tudo com um pinguinho de desafio e seguimos em frente para a Zona Sul.

Descendo o Leblon e seguindo para Ipanema o púbico é mais presente e incentiva o atleta, que já ultrapassa o quilômetro 10 (30km da Maratona). A organização disponibilizou vários pontos de ajuda, com ambulâncias e paramédicos, que auxiliavam alguns atletas que mais reclamavam de cãibras.




Saindo de Ipanema, o próximo desafio é percorrer a orla de Copacabana, aí o público é mais festivo, tem palco com música ao vivo e uma animação só. O maior desafio foi encarar os atletas que queriam fotografar o cenário e literalmente paravam do nada, sem aviso algum e acabavam trombando com corredores que vinham logo atrás - eu, inclusive, quase caí duas vezes por conta de freadas desavisadas.

Próximo ao Posto 2 de Copa, vem a saída pela esquerda na Av. Princesa Isabel, em direção ao Túnel do Leme (18km Meia; 39km Maratona), que liga a "Princesinha do Mar" à Botafogo, trecho que divide para quem segue para o bairro da Urca e para quem vai ao Aterro do Flamengo. Para isso, ainda é preciso passar pelo Túnel Lauro Sodré.



Deste ponto em diante é só alegria, pois faltariam pouco mais de 4km para fechar a prova. Para quem vem da Maratona, momento de euforia e agradecimentos, pois não é fácil percorrer 42km - e ali a prova é só coração. Aterro do Flamengo é quintal de casa, local onde ocorrem a maioria das provas no Rio de Janeiro. O trecho é largo e beira a Praia de Botafogo e Flamengo, porém em tempos quentes, o local vira um forno e pode derrubar muitos atletas. Por sorte, o tempo estava ajudando. Apesar de sol e céu aberto, a temperatura não estava tão elevada, mas fazia calor.

Me surpreendi com meu desempenho na prova, fui todos os 21km com tranquilidade, mantendo o pace. Diminuí em 11 minutos o tempo da última prova (Meia do Porto – 21 de maio) e imaginava que teria bagagem para percorrer mais alguns kms. Será que dava pra fazer os 42km? Bom, isso eu não sei, talvez não, mas não faria feio se tivesse tentado. Porém este ano priorizei apenas as Meias-Maratonas, sendo duas de Montanha (XTerra Mangaratiba e Paraty), que em breve contarei e trarei informações.




A chegada foi emocionante, como sempre, uma descarga de adrenalina e euforia por completar mais uma prova - a minha 14ª Meia. A galera chegando chorando, alguns mancando, se arrastando, mas todos com uma alegria contagiante no rosto. Pessoas de diversos lugares do Brasil, com suas crenças, vocabulário, mas com um único objetivo: desafiar-se nos 21km e 42km da Maratona do Rio.

Como falei no post anterior, as inscrições para a Maratona do Rio 2018 já estão abertas, e eu, é claro, já garanti a minha participação. E se você achou legal e quer desafiar-se, escreva, conte sua história, quem sabe eu não te ajude a chegar lá também? Vem comigo, vem com o #teamrodfonseca!
Até lá....




Priscilla
Priscilla

Mãe, esposa, jornalista e dona de casa. Adora cuidar do lar, de música e gatos. Aquela dos olhos coloridos.

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