Andei comentando por aqui que minha vida andava corrida, com muitas coisas acontecendo. Pois bem, a maior delas veio ontem. Recebi a notícia de que havia passado para outro estágio.
Lá vou eu, mais uma vez, trocar de empresa, começar do zero e esperar que "dessa vez flua". Foi um ano de empresa. Um ano como estagiária, repórter, pau pra toda obra. Não vou dizer que tô feliz pra caralho, porque não estou! Estou aliviada. Não conseguia mais trabalhar sem me sentir motivada. Não estava mais me sentindo feliz, querida e valorizada, como profissional e pessoa. Não vou negar que ter participado de um grande evento da empresa, sem ser na minha função colaborou com essa desanimada, mas posso afirmar que a grande derrota ali começou no dia do meu aniversário quando NINGUÉM me deu parabéns. Quer dizer, tirando três mensagens por Twitter ou Orkut, o restante ignorou minha existência. Isso pode soar bobo e infantil, mas quando você vê que para todos fazem, menos pra você é porque algo está errado. Eu não era querida, mesmo fazendo tudo certinho.
Daí que desde então resolvi ter amor-próprio no lado profissional e correr atrás de um local que me valorizasse como pessoa e profissional. Com a monografia, organização do casamento e busca por apartamento, ter a rotina de redação iria me cansar. Preciso dos sábados, dos feriados! Não vou dizer que estou saindo por causa do dinheiro, porque sou do tipo que trabalha por paixão, não pelo dinheiro na conta.
Foi meu primeiro estágio e a quem sou grata por ter me dado uma oportunidade quando todos os outros pediam experiência! Lembro bem das entrevistas e do primeiro dia de trabalho. Lembro por tudo que passamos e os momentos de transição. Lembro da formação do meu quadrado de cinco lados perfeito! Redescobri a diversão e novas amigas depois que todas as outras haviam mudado de cidade/país.
Foi um ano muito intenso e de aprendizado. Muito estresse, muita pilha e muita gargalhada, piada e deboche. O ambiente é light, mais light que muita redação. Tive sorte de cair em uma baia de meninas tão divertidas, tanto no tempo que estive na internet quanto na redação em si.
Aliás isso de internet e redação...ah, como aprendi. Não sei bem como vou ficar sem fazer vídeos. Descobri algo que gosto de fazer e vi que levo bem. Os vídeos que fiz pro jornal me mostraram minha habilidade de improviso. Vou ter que dar um jeito de continuar a fazê-los só que fora dali.
Descobri outra coisa que me empolguei e me dediquei: jornalismo on-line. Tanto na atualização do site, como nas pesquisas, apurações, entrevistas e outras tantas coisas, eu vi que levo jeito e tava me empenhando e muito para que tudo ficasse certo.
Mas tem que ser uma via de mão dupla. Você tem que dar e receber. E no caso, só estava doando e sem retorno. Aumento é bacana? É. Mas deveria ser por mérito e não só por tempo de carreira. Você ver alguém que fez tão menos que você ganhando aumento também é desmoralizador!
Está encerrando mais um ciclo.
Uma vez minha chefe na Amil me fez o questionamento: "Você quer ser feliz ou ter razão?" - Eu sempre vou responder ser feliz. E foi por causa dessa vontade de ser feliz que saí da Amil. Fui em busca de um estágio, quando meu coração gritava que eu deveria olhar pra minha carreira. Na época fiquei triste porque esperava mais da empresa, achava que eles deveriam buscar talentos e ver que eu seria uma boa estagiária. Saí triste, mas vi que não era a hora ou lugar. Hoje saio do jornal triste também, mas pela política de valorização. Mas novamente o que me rege é a escolha de ser feliz.
Tive nesses dois lugares minhas melhores chefes, cada uma com sua forma de trabalhar. Elaine me ensinou tudo da vida profissional e absorvi tudo do mundo corporativo junto dela. E a Flávia me ensinou tudo de redação e ainda me deu o melhor ambiente para se trabalhar! Só correspondi a altura da confiança dela.
Quando saí da Amil chorei que nem criança, de soluçar. Não queria ir, mas precisava. Sentia que o ciclo já tinha acabado! Hoje, no jornal, apesar de saber que o ciclo não iria terminar agora, eu também preciso ir se quero recuperar minha auto-estima. E vou. Escrevo isso chorando, alguns soluços. Sei que esse é o termômetro do "valeu a pena". Se eu não tivesse me importando, tava nem escrevendo isso tudo!
Aprendi muito nesse um ano. Me diverti muito! Também fiquei com raiva de muita coisa. Mas agora é hora de ir. Novo rumo, nova empresa, novos aprendizados, nova rotina, nova chefe. Digo que está sendo bem difícil esse momento justamente por isso, pela chefe que estou deixando. Pela amiga que vou deixar de ver todo dia.
Mas tem que ser assim. Agora vou ter tempo de me dedicar ao casamento, a ver apartamentos, as leituras para a monografia. Vai dar tudo certo! As lágrimas são passageiras, logo vão secar e vou trazer mais novidades. Afinal, a distância das minhas amigas será só física e por pouco tempo. Não vai ter mais o "todo-dia", mas os fins de semana estão aí.
Que venha o novo!!! Que venha o SUCESSO!
Alguém tem um lencinho? ALGUÉM? NINGUÉM?
TUDO BEM.
:)